A NATUREZA ESTÁ MORTA

É Pena a natureza estar triste,

Como?...- O Vento agreste “tão se acalma

E na vida qu’então tu que subiste

Como perlas da noite que tem palma.

Com tapetes de verdura, cristal, viste?

Como cravos de cortinas pl’alama

E vêm os potros de sangue em riste.

Pois um vulto que nos então deflama.

As ruas, avenidas, s'tão nuas, despidas,

As árvores choram pla manhã qu’rida

E n’entanto a cidade nervosa fica.

Eu com mui pena da minha cidade,

Vejo apenas nesta boa mocidade…

Que na Poesia ninguém acredita.

LUÍS COSTA

Lamego, 11/08/2005

QUINTA DE CALVILHE

Trabalhado e aperfeiçoado em 11/08/2005

TÓLU
Enviado por TÓLU em 09/07/2015
Reeditado em 23/12/2015
Código do texto: T5304830
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