A NATUREZA ESTÁ MORTA
É Pena a natureza estar triste,
Como?...- O Vento agreste “tão se acalma
E na vida qu’então tu que subiste
Como perlas da noite que tem palma.
Com tapetes de verdura, cristal, viste?
Como cravos de cortinas pl’alama
E vêm os potros de sangue em riste.
Pois um vulto que nos então deflama.
As ruas, avenidas, s'tão nuas, despidas,
As árvores choram pla manhã qu’rida
E n’entanto a cidade nervosa fica.
Eu com mui pena da minha cidade,
Vejo apenas nesta boa mocidade…
Que na Poesia ninguém acredita.
LUÍS COSTA
Lamego, 11/08/2005
QUINTA DE CALVILHE
Trabalhado e aperfeiçoado em 11/08/2005