MARCA DOS TEMPOS
Em teu semblante o ousar de tua raça
Que em tua alma reluz também tristeza
Busque a glória, esqueça a desgraça,
Em tua auréola ainda há luz, e a beleza!
Fetiche concentrado em tua cabaça
Não queira redimir a tua grandeza
Névoa turva em teu olho, muita jaça,
Tua alma, redemoinho, sem nobreza!
Enquanto o ferro frio fere a tua mente
Da estirpe o açoite bem sublinhado
Do carrasco o chicote claramente!
Não morre sem bravura poeta e gente
Qual ataque o ferrão já foi cravado
Oscila ao fio da espada sorridente!