"Retendo uma lágrima..."

Das reticências retidas, lágrimas sentidas, eu vejo
Brotar uma lágrima que o ego vil obriga-me a reter
Do coração extraio e neste soneto, vos transcrevo...
Choro silente, ave solitária quer em seu voo, volver

Suas asas foram indevidamente cortadas, um crime
Cometido por almas que do amor não souberam ler
Nas letras confusas do amor, ciúmes é o que oprime
No amor: crescer, criar asas e o que se quer, voos ter

Mas, triste o amor que não enxerga a mera verdade...
Que o ciúme é um ser doente, que comprime o amor
Mata-o retirando seu ar, sufocando-o até não ter dor.

Ao teu lado experimentei uma vida de grandes grades
Minhas asas atrofiaram, não pude ser um forte açor
Suas correntes de ciúmes, fizeram morrer nosso amor...

Ilustração: Google
Simone Medeiros
Enviado por Simone Medeiros em 07/07/2015
Código do texto: T5302670
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