GRAÇA INFINITA
Interação com o Soneto:
"Sonetinho Torpe" de Puetalóide
Ah! se me fora dada uma graça,
De deixar sucumbir neste meu peito,
Um amor inútil e tão sem jeito,
Que esta alma dilacera, despedaça.
Eu conservaria assim pleno, sem jaça,
Um coração que bate com defeito,
Pois nunca é total e nem perfeito,
O apreço por alguém que não me abraça.
Se o sonho dourado desvanescesse,
E finalmente livre eu estivesse,
Das amarras deste amor naufragado...
A plenitude ficaria ao meu lado,
E tudo seria parte de um passado...
Ah! se este sentimento enfim morresse!