GRAÇA INFINITA
             
 Interação com o Soneto:
                "Sonetinho Torpe" de Puetalóide

Ah! se me fora dada uma graça,
De deixar sucumbir neste meu peito,
Um amor inútil e tão sem jeito,
Que esta alma dilacera, despedaça.

Eu conservaria assim pleno, sem jaça,
Um coração que bate com defeito,
Pois nunca é total e nem perfeito,
O apreço por alguém que não me abraça.

Se o sonho dourado desvanescesse,
E finalmente livre eu estivesse,
Das amarras deste amor naufragado...

A plenitude ficaria ao meu lado,
E tudo seria parte de um passado...
Ah! se este sentimento enfim morresse!



       
Adria Comparini
Enviado por Adria Comparini em 05/07/2015
Código do texto: T5301053
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