LEVEZA INOCENTE
O perguntar desconcertante da criança
curiosa e faminta de esperança; o alarido
dos pássaros no entardecer da alma, varrido
de pecado, o desejo viril de pujança.
O murmurinho da cascata, leve, dança
inigualável de sons; cheiro do colorido
forte dos tons fracos da alma. Esbaforido
dos pulmões rijos da pura e brava vingança.
O calculo elementar da frieza dos números
fadados de desânimos, trôpegos, vagos
na essência, vigorosos na têmpera; isômeros.
A simplicidade sincera dos amigos
inseparáveis, que vigem todos os meros
e inesquecíveis momentos, incluso os domingos.
Fortaleza, 5 de julho de 2015.