Eu me enterneço
Edir Pina de Barros
Eu me enterneço quando vejo brilhos
nos olhos dos idosos, dos meninos
abandonados, tristes e franzinos,
famintos, sem abrigo, maltrapilhos;
respeito, quando vejo os andarilhos,
os pés descalços, pernas, braços finos,
silentes, sem se opor aos seus destinos,
seguindo ao léu, sem ter amigos, filhos.
Confesso, sim! Confesso que enterneço,
porque viver assim, sem ter apreço,
é um ato de coragem, de bravura.
E quando os vejo sinto tal ternura
- um misto de respeito e de tristura –
que arranco versos desde o meu avesso.
Brasília, 05 de Julho de 2015.
Edir Pina de Barros
Eu me enterneço quando vejo brilhos
nos olhos dos idosos, dos meninos
abandonados, tristes e franzinos,
famintos, sem abrigo, maltrapilhos;
respeito, quando vejo os andarilhos,
os pés descalços, pernas, braços finos,
silentes, sem se opor aos seus destinos,
seguindo ao léu, sem ter amigos, filhos.
Confesso, sim! Confesso que enterneço,
porque viver assim, sem ter apreço,
é um ato de coragem, de bravura.
E quando os vejo sinto tal ternura
- um misto de respeito e de tristura –
que arranco versos desde o meu avesso.
Brasília, 05 de Julho de 2015.
Versos alados, pg. 46