“Carmen reliquum in futurum tempus relegatum.”

Não ralhes comigo assim tão duramente,

Minha Anastasia, ou haverei de chorar!

Ante ti me ajoelho; queiras perdoar

A este servo por ter-lhe sido negligente!

Juro-te! Não me olvidei, absolutamente,

Do poema que prometi lhe dedicar –

Não como ou durmo para nele trabalhar

Do nascer ao pôr do Sol, incansavelmente!

Porém, sempre que sento-me para escrever,

Com teu rosto pela minha mente pairando

Em dulcíssimos sonhos venho a me perder –

Passadas horas, de meu transe despertando,

Do poema acabo por me esquecer

E sucessivamente sigo-o protelando!

Galaktion Eshmakishvili
Enviado por Galaktion Eshmakishvili em 05/07/2015
Reeditado em 26/02/2021
Código do texto: T5300279
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