“Carmen reliquum in futurum tempus relegatum.”
Não ralhes comigo assim tão duramente,
Minha Anastasia, ou haverei de chorar!
Ante ti me ajoelho; queiras perdoar
A este servo por ter-lhe sido negligente!
Juro-te! Não me olvidei, absolutamente,
Do poema que prometi lhe dedicar –
Não como ou durmo para nele trabalhar
Do nascer ao pôr do Sol, incansavelmente!
Porém, sempre que sento-me para escrever,
Com teu rosto pela minha mente pairando
Em dulcíssimos sonhos venho a me perder –
Passadas horas, de meu transe despertando,
Do poema acabo por me esquecer
E sucessivamente sigo-o protelando!