A existencia de deus provada pelas obras da criação.
Os milhões de áureos lustres coruscantes
Que estão d'azul abóbada pendendo;
O sol, e a que ilumina o trono horrendo
Dessa, que amima os ávidos amantes;
As vastíssimas ondas arrogantes,
Serras d' espuma contra os céus erguendo,
A lêda fonte humilde o chão lambendo,
Lourejando as searas flutuantes;
O vil mosquito, a próvida formiga,
A rama chocalheira, o tronco mudo
Tudo que há, Deus a confessar me obriga;
E para crer num braço, autor de tudo,
Que recompensa os bons, que os maus castiga,
Não só da fé, mas da razão me ajudo.