SONHANDO ...

Eu quero um amor, artistico no traço

e sem sentir mais dor procuro o jubileu

como se fosse circo e surgiu o palhaço

quimera de um sonho lânguidamente meu.

E vou pra onde em onde, o sonho encontrar

tanto faz se é belo ou se nem tem encanto

mas tão somente alguém, que saiba se entregar

e nas ondas e brumas surja meu acalanto.

Eu nem almejo tanto, só um amor normal

e uma alma que seja, em cântaros esmero,

que aquele meu parceiro ressurja afinal.

É obra do destino achar alguém sincero

pois no coração nasce cantando o amor

e assim no meu sonho realidade espero.

Vera Sarres 10/06/2007

(Soneto Alexandrino)