Acidente homônimo e parônimo

Eu, incauto no auto ao alto da serra

Aperto o cinto e sinto o ar mais forte

Ele, o vento serra e o destino encerra

Ela, outrora consorte, sem sorte vê a morte

No pedal aperto e perto a vejo se aproximar

Pela estrada lisa, ele “desliza” até o fim

Era iminente que num lugar eminente tudo ia ceifar

Ela muito suou e então soou um grito ruim

Um flagrante triste de fúnebre fragrante

O medo se instala e exala um ar congelante

Observo incerto e inserto na tragédia que causei

Antes esbaforido, agora, espavorido num instante

Sigo emigrante para outro mundo imigrante

E faço estada na estrada que um dia nos matei