O COLIBRI
Volita no jardim o colibri faminto
Enfeita gracioso as sendas coloridas
E rasga belamente o grande labirinto
Oscula girassóis, hortênsias, margaridas
A cena é singular, esparge puro encanto
Do ilustre visitante as flores afagadas
Saudade sentirão quando esse beijo santo
Fartar-se de dulçor noutras vitais jornadas
Assim, segue seu curso, em festa, a natureza
Esplêndida expressão de um criador jeitoso
São telas magistrais... Que zelo, que destreza!
Viaja o colibri, rompendo os ares, cruza
Dos prados divinais ao vale tenebroso
Em busca do sabor dalguma nova musa