Soturno
Soturno
Navego pela vida de forma prostrada,
Nem sei ainda porque eu tanto insisto,
Pois no meu nascer alguém havia visto
Que meu singrar é de encontro ao nada.
Sinto-me vazio andando nesta estrada,
Precisava de viver muito mais que isto,
Porque se for só assim eu então desisto,
Cansei de viver de uma maneira errada.
É nas tempestades que então eu penso:
Deveria desistir dessa minha má vida?
Bem antes que eu perca o meu senso!
Agora que o meu navegar já é só de ida,
Sinto então que tudo torna-se tão tenso,
Ao ver naufragar a minha alma sofrida.