Deixo que a vida querida me responda.
Que saudades de estar em meu eu,
Vivo dentro de imagens tortas feias,
Persigo o tempo que me pertencia,
Sempre volto ao passado, que dó!
Acredito que as sombras me afugentam,
Sinto a dor dos seres sós e amedrontados,
Mais e mais dor me leva, ao desespero,
Mais e mais cansaço, luto e fico em pé!
A saudade vai e volta sempre aperta,
Pela saudade a vida corre trôpega,
Pelo corpo a dor corroe e enfraquece.
De súbito o momento me espanta,
Recuo pois a vida se acerta, afinal,
Deixo que a vida querida me responda!