Chuva de Verão
São águas imensas que me levam pensar
Como abismo perigoso neste meu querer
São vidas que este amor não deixa viver
Tornando pesadelo um simples atravessar.
Como sem demora cai a chuva lá fora.
Na penumbra de um quarto vibra este corpo.
Estendido, apaixonado, fraco quase morto.
Cansa, mas de amor canta e de suor se molha.
Entre muitas promessas tão bem ditas,
repetidas em delirantes aconchegos, mas esquecidas.
Corriqueiras são e ardentes como juras de paixão.
Que no amanhecer chora o amante por saber se é ternura,
se desejo não pensado, fixação, prazer ou se pura loucura.
Como gostosa e perigosa chuva em tarde escura de verão.