O amor que passava
Um riso e a eternidade estampada naquela face,
Mas não uma que eu amasse, semelhante à arte,
Mas uma face em que eu não me visse
E, lembrando seus olhos, o céu transparece...
Eu vi-a passando com um par de pernas barbatânico,
Com um encanto de sereia, deixando-me triste:
Mas não uma tristeza de perda, mas firme,
Para eu não me atirar no mar, e tornar-me romântico...
Eu colhi em minha memória o fruto do meu amor,
Como um filho que tive com a princesa encantada,
Então sofri de saudades e escrevi este poema...
Em meu peito poético, o verso encena com a dor
Que faz cair lágrimas dos meus olhos pela amada
E o prazer de lembrá-la transcende a boemia...