LAVÍNIA
LAVÍNIA
Quanta alegria quando ao meio dia vi Lavínia.
Quanto ao fato que supostamente faço
digo ao dia, viva...
Então as trevas diluíram!
Quão é muito que elas querem de Deus,
sendo o divino Ignorado.
Rastejam mole pelos pântanos ermos
se dizendo sábias audaciosas .
Seguem o seu próprio destino
e se recordo e severo falo,
o enredo do guarda que seguro acento diz;
" sim sim devemos o ter só a Liberdade ou sofra".
Lavínia sofre, que solene passa
e se a cada coisa sob a leve pluma
e de súbito pousa.
Tão tarde passa tudo quanto perpassa!
Cedo na tênue manhã Lavínia dorme
sonhando com um Deus "eu".
E tudo desde os ermos cometas afastados
ela docemente nua vai e veste,
não as minhas mas suas meias,
uma após uma em seus pés pequeninos
e vem sentar-se a mesa comigo.
Lavínia, à beira da piscina
e ali vivemos em inúmeros beijos.
Vivemos sem hora que como crente chora,
mas uma formosa borboleta,
que voando sobre a colorida flor de carne
vem e de novo, pousa.
Que vista meus olhos vêem,
Lavínia desnuda na piscina
e não mudou nada desde aquele dia.