Que haja tempo para esperança
Não se pode mais ver ao longe,
O tempo já não é o mesmo tempo!
Ás dores não são mais as de outrora!
É tão diferente o silêncio, penso...
Todas as presenças cheias de ausência,
Às verdades de mentira e insegurança!
Tudo me é falho, turvo, ao contrário.
Mas, ainda assim não eu nunca me calo!
Pois me disseram ser a poesia esperança.
De levar amor aos corações pequenos,
De fazer o mundo um pouco mais sereno!
E tentar devolver o futuro às crianças,
Ou pelo menos tentar livrar do lamento!
Rogo, que ainda haja tempo para esperança.
NUNES, Elisérgio