O vício de pedir

Sem ter a quem pedir, eu peço a ti

um pouco de ternura; eu peço paz,

compreensão, amor, eu corro atrás

do carinho, da vida. Eu não perdi

o vício de pedir, sou contumaz

pedinte, e não me vejo de outro jeito.

Eu peço o teu amor, porém respeito

a tua decisão. E peço paz.

E vou pedir por toda eternidade

e mais um pouco, até, pois, sem a paz,

amor não haverá no coração.

Faço um pedido com sinceridade

agora, que pedir não posso mais:

sem ter o que pedir, peço perdão.