Ao pó

De que vale a vida se é um sopro ao vento,

Tão infima que desvanece sem previsão?

De que vale lutar pelo futuro se não sabemos se virá?

De que vale todo esse choro e pranto

Se a vida é um manto que se desfaz em pó?

Vale muito! Digo. Eu que sou deveras vivido.

Ou melhor, valerá, insisto.

Se amar de corpo e alma seu credo.

Se tiver alguém pra dividir as tristezas e alegrias.

Se puder abraçar, sorrir e cantar.

Valerá se, antes do sol raiar, se livrar da dor, angustia e temor.

Valerá, se for feliz sem precisar que te façam feliz.

Valerá se souber perdoar.

Sim valerá, quando em paz, ao pó retornar.

Waghner V`laib
Enviado por Waghner V`laib em 25/06/2015
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