CURVA DO TEMPO
 
Na curva do passado, já distantes
As  cenas, na memória, vão passando
Lembranças de um amor de diletantes
Num tempo que, pra nós, era tão brando...
 
Estávamos imunes à voragem
O Universo parando nesse instante
Nem sentíamos, na pele, a contagem
Da ampulheta em ritmo constante...
 
Hoje, acordados pela realidade,
Vemos que só restou uma saudade
Simples assim, e que nos emociona...
 
Ainda podemos olhar-nos nos olhos
(Por mais que a vida tenha dado escolhos)
E ver que o amor em nós inda sazona...
 
25/06/2015
Ângela Faria de Paula Lima
 
Interação ao soneto de Aarão Filho MEMÓRIAS
http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/5288173