"Indevidos Pensamentos"

Por cá transpasso por entre algumas paragens
Nítidas ou opacas, as miragens são várias
Não me detenho parar no meio destas viagens...
De olhos cerrados confronto-me ideias contrárias
 
Não me torno uma menina má, mas maltrato
A quem mais devia amar, uma alma que vive
A se afogar pelos rios de lágrimas no abstrato
Amor que ilude e nutre o nada que não sobrevive

E pulsa nas suas veias e coração, letras a versejar
Rios de versos, rios de meu avesso que se esvaiu
Lágrimas sentidas e perdidas que não souberam nadar

Afogadas, encontraram-se outros leitos, um tal choro
Maltratou-me com uma despedida que jamais existiu.
Dias tristes e sombrios, um vazio cujo adeus não ignoro.

Ilustração: Google
Simone Medeiros
Enviado por Simone Medeiros em 25/06/2015
Reeditado em 03/07/2015
Código do texto: T5288929
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