A esperança do fim do mundo
Na próxima vida, quererei renascer ressurgido,
Mas, não sozinho, como um ser humano -
Mas qual anjo que no Juízo Final vai para o Céu;
Porém, enquanto isso não acontece, vou fingindo
Uma vida infeliz, embora alegre, pelo sonho insano,
Sou flauta a cantar no momento de um sol com véu...
Porém, o sonho espreita a realidade tristonha,
O dilascerar de órgãos do Poder vai miar e minguar
Com o coro de anjos a rugir, num apocalipse de falar
Desse mundo ou sistema que nos dá vergonha...
Então, quando o sol raiar, meu pranto secará
E será enxuto pelo vento da lua prateada;
Então pergunto, desses infelizes, o que será:
Terão fim com o cantar do galo na madrugada...