A esperança do fim do mundo

Na próxima vida, quererei renascer ressurgido,

Mas, não sozinho, como um ser humano -

Mas qual anjo que no Juízo Final vai para o Céu;

Porém, enquanto isso não acontece, vou fingindo

Uma vida infeliz, embora alegre, pelo sonho insano,

Sou flauta a cantar no momento de um sol com véu...

Porém, o sonho espreita a realidade tristonha,

O dilascerar de órgãos do Poder vai miar e minguar

Com o coro de anjos a rugir, num apocalipse de falar

Desse mundo ou sistema que nos dá vergonha...

Então, quando o sol raiar, meu pranto secará

E será enxuto pelo vento da lua prateada;

Então pergunto, desses infelizes, o que será:

Terão fim com o cantar do galo na madrugada...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 24/06/2015
Código do texto: T5288746
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.