Desnorteada

Viro e reviro, e assim nada posso,

Viro besta, viro bicho e até fico,

Ando, penso, volto enfim, do nada,

Sinto a falta de algo bom e sutil

A ausência de mim é grande,

A falta de meu mundo ferve,

Saudades de algo que não sei,

Vontades de tudo que um dia dei.

Ando e piso na incerteza ruim,

Viajo e sonho sem rumo no nada,

Rumo à casa e me perco, de novo.

Sonho devagar com medo e só,

Vou ao deserto de toda eu, após,

Sou uma desnorteada de mim.

Daisy Laureano
Enviado por Daisy Laureano em 24/06/2015
Reeditado em 24/06/2015
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