Soneto: Maconheiro

Se por venturas me consume a erva.

tenho sobre a pujança, sossego.

Anseia as regos de aguá a cerva.

Sejas na briza coerente, jamais pelego.

Quando desvairado me vem a larica,

roço todas as ingenuidades, embora cobrido.

Sinto-me nu sobre as nuvens em uma suprema siririca.

Vem-me a consternação, a loucura, vivo feliz mesmo desabrido.

Tenho as minhas íntimas reflexões sócias.

Parece que ganho mais tempo em êxtase.

Não me limito aos desejos cruciais.

Meus conceitos mais aguçados, hipóstase!

Sinto-me livre de seus pre-conceitos degradantes

Fumamos, vivemos,pensamos, bebemos e somos felizes.

E você no seu mundinho preto e branco?

razoes da vida
Enviado por razoes da vida em 24/06/2015
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