Soneto: Maconheiro
Se por venturas me consume a erva.
tenho sobre a pujança, sossego.
Anseia as regos de aguá a cerva.
Sejas na briza coerente, jamais pelego.
Quando desvairado me vem a larica,
roço todas as ingenuidades, embora cobrido.
Sinto-me nu sobre as nuvens em uma suprema siririca.
Vem-me a consternação, a loucura, vivo feliz mesmo desabrido.
Tenho as minhas íntimas reflexões sócias.
Parece que ganho mais tempo em êxtase.
Não me limito aos desejos cruciais.
Meus conceitos mais aguçados, hipóstase!
Sinto-me livre de seus pre-conceitos degradantes
Fumamos, vivemos,pensamos, bebemos e somos felizes.
E você no seu mundinho preto e branco?