Flores de cristal


Durante muitos anos, talvez por toda minha existência,
Cultivei, enlevado, bromélias e rosas e foi amor tanto,
Com elas montando os buquês com que me encanto,
Cultivando seus olores como se fosse nobre ciência.


Cheguei, até mesmo, em momentos de profundo delírio,
A conversar com aquelas, ou julgar que assim o fazia,
Crendo pio que elas me entendessem, suprema heresia,
Só agora o vejo, imerso neste meu infindo martírio.
 
Flores são somente para serem cultivadas e admiradas,
Devemos delas desfrutar cada de seus sacros olores,
Como as mulheres, que não mais querem ser amadas.
 
Querem ser ouvidas a todo instante, mesmo o banal,
Sem se prestarem ao diálogo, como as tantas flores
Que com o tempo se quebraram... Eram flores de cristal


* * * * * 
 
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À busca da felicidade
À mulher nua
A velha senhora
Amor infinito
Anatomias de Vênus
Às vezes
Delírio
Entre Parênteses
Escrevendo em teu corpo
Ilusões de um Poeta
Infinitude
Momentos de Luxúria
Nos meandros de teu corpo
O fogo de teu corpo
Os sonhos não morrem jamais
Por todas nossas vidas
Quando eu me chamar saudade
Suave essência
Um sonho que foi sonhado
Você me enlouquece
Voo d´Alma
 
 
LHMignone
Enviado por LHMignone em 23/06/2015
Reeditado em 15/09/2015
Código do texto: T5286859
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