DE MÃOS DADAS...

DE MÃOS DADAS...

 

As horas me são rubras e ciméreas,

Ouvindo as canções fúnebres e densas

Entregue a solidão profunda, imensa,

Que em mim é ressonante, cinza e etérea...

 

Os ares são tão tristes e um vazio

Desenha em meu olhar sua sombra infinda

Roubando-me o calor, trazendo o frio,

Levando da minh’alma a cor mais linda...

 

Não trago em mim vontade de sorrir;

Não sei qual o caminho a seguir...

Despendo-me qual folha á própria sorte...

 

Seria uma alegria poder ir

Ao fim, à hora eterna do porvir,

Levado de mãos dadas pela morte!

 

Chácara Chapéu de Palha

São José de Ribamar-MA, 22 de junho de 2015.