Soneto garoa de junho
Perdido nos perdidos pensamentos meus
Bailei minha escuridão no breu
Andei por vidros quebrados ao chão
E senti o sangrar, sem a dor da alma!
Segui os passos apressados
Cheirei tal perfumar desconhecido
E dobrando as esquinas da minha solidão
Enxerguei-te ao longe, sumindo na garoa!
A velocidade percorrida, quase flutuando
Avistei uma última vez teus cabelos molhados
Ah, gelada garoa de Junho!
Sussurrei ao amigo vento
Confissões em um único verso
Perdido na gelada garoa de junho!