Dialelo
Vou revirar as voltas passageiras
Passando ora entretido pelas ruas,
Roendo minhas unhas, não as suas,
Suando frio a perseguir guerreiras.
Guerras novas irão surgir, eu sei.
Sementes podres vão romper as covas,
Conhecidas gavetas de obras novas,
Numa ânsia de escrever o que rasguei.
Rogarei certas pragas e orações,
Outras letras serão pronunciadas.
Padecendo ante prosas condenadas,
Concebo no silêncio as paixões.
Pobres dessas guerreiras que persigo,
Pois nada são a mais que um vil abrigo.