TARDANÇA
soneto
 
Tardança... O tempo que me devora
No silêncio de uma espera louca
Uma ânsia que grito e fico rouca
Definhando, estou nessa esfera.
 
Na alma uma sede, que consome
Na demora daquele dia tão incerto
Meus dias tem sabor de azedume
De você no meu corpo faço enxerto.
 
Ando em derredor dos meus anseios
Em mim perdida a rodear-me são os dias
Na esperança guardo flores em meus seios.
 
Não murcha em mim segundos raros
Quando à lembrança vem da tua pele...
Esse amor a enfeitar-me em belos aros.
 
Junho/2009
MargarethDSL