A TUA FEVRA
Desejo então lamber-te toda a cona
Para que fiques louca e consolada,
Já que adoro senti-la gostosona
Na minha língua docemente ousada.
Mas não quero que sejas trapalhona,
Quero só que te sintas desejada
E que me deixes tolo cá da mona,
A cada vez que fores abraçada!
E quero que na tua boca sintas
O meu tesão repleto de cacau,
Pois estou-me sentindo já nas tintas
Se os outros me disserem que sou mau;
Já que mesmo que nunca me consintas,
A tua fevra é a carne pro meu pau.
Ângelo Augusto