APENAS UM OBJETO SEXUAL
A mulher oprimida do sexual
Desejo masculino, chora tanto
De tristeza, e isolada para um canto,
Vê nos homens o mal universal.
Ela perde a esperança, e só o mal
Nela vive de um duro desencanto,
Porque jamais existe homem santo,
No mundo dela horrível por sinal.
Desamada e abusada ela tem sido
Por homens tão cruéis e tão imundos,
Em que jamais o amor lhe é permitido...
Vive pra dar prazer aos vagabundos,
Num inferno penoso e empobrecido,
De chulos certamente furibundos.
Ângelo Augusto