VEROSSIMILHANÇA
VEROSSIMILHANÇA
Por enquanto transito inopinado
Entre extremos de sonho e realidade.
Nada do que percebo é de verdade,
Mas tampouco é de todo imaginado.
Rir das mentiras que eu tenho contado
-- Ou senão d'essa falsa insanidade... --
Pretendem permitir-me a liberdade
De contar as desgraças do meu fado.
De facto, o que escrevo é como o que vivo,
Pois ambos se confundem no que sou,
Figurando um semblante pensativo.
É vida que se espelha aonde vou,
No enredo que prescinde de motivo
Ou na estrela que nunca me brilhou.
Betim - 18 06 2015