Brisa, vento, ventania
Gosto do vento leve reticente
Acaricia a grama que se dobra
Canta canções no tempo tão silente
Enquanto a flor energia recobra.
O vento já passa como quem fala
Passa depressa como quem se cala
Conta longa história, como um delírio
Zomba da condição do nobre lírio.
Às vezes, vem muito forte e uivante
Não respeita o limite do horizonte
Delira, é forte e bem desafiante.
Subverte sonhos, percorre o monte
Sopra pelos caminhos, sem lamento,
Mas volta a ser o espontâneo bom vento.