SONETO DO ARREPENDIMENTO
Este soneto foi inspirado pelo comentário do amigo Puetalóide na minha homenagem "Para minha mãe no dia das mães", mas também inspirada pelo seu lindo soneto "Versinhos Banais"
SONETO DO ARREPENDIMENTO
Como esquecer-me de ti?
com as tantas lembranças de outrora...
Como não chorar agora?
pelo quanto sinto e já senti (mesmo sem ti)
Foram dias escuros onde buscava tua luz
Mas mesmo sentindo tanto tua falta, aprendi
que a vida segue mesmo sem a tua presença...e consegui
viver meus dias carregando esta cruz
Passei tanto tempo sem teu amor, carente
perseguida pela tua ausência...uma privação latente
sentindo saudades de dias que nem tive
E como não gritar agora tudo o que contive
e não chorar, sentida, ferida pela dor
por ter a ti e a mim privado desse amor?
MÁRCIA DA COSTA LARANGEIRA
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VERSINHOS BANAIS
Se lembres de mim... - Não em agora -
Mas, com o tempo se fazendo ido.
- Quando tudo parecer esquecido -
Ou morrido for pra nós o outrora.
Se à alma triste... - Como quem chora -
Aflorar um sentir comovido,
Ou ao peito pulsar dolorido
Um querer, de querer, sem demora,
Pode ser, ou será, tão somente
A saudade... Tardia... Gemente...
Por um algo de nós que ficou.
Mas, se ao peito seguir remoendo,
- Reclamando... Ferindo... Doendo -
Quem garante, não seja o amor!?
Puetalóide