Quem sabe agora eu tomo jeito.

Em meu peito se escondem os medos,

A vida ainda não os drenou, eu tremo,

Pânico, horror, sudorese, então brotam,

Diante de minha forma estarrecida.

As frases feitas ditas aos borbotões,

Dizeres honestos a mim não chegam,

Dúvidas velhas sem nexo, aparecem,

A lucidez me some agora envergonhada.

Faço de conta que sou forte, mentira,

Luto para permanecer em pé e feliz,

Mas só eu sei contra o que eu luto.

Faço um exame e me diagnóstico,

Sou louca varrida e pior babando,

Quem sabe se agora eu tomo jeito.

Daisy Laureano
Enviado por Daisy Laureano em 16/06/2015
Código do texto: T5279604
Classificação de conteúdo: seguro