Quem sabe agora eu tomo jeito.
Em meu peito se escondem os medos,
A vida ainda não os drenou, eu tremo,
Pânico, horror, sudorese, então brotam,
Diante de minha forma estarrecida.
As frases feitas ditas aos borbotões,
Dizeres honestos a mim não chegam,
Dúvidas velhas sem nexo, aparecem,
A lucidez me some agora envergonhada.
Faço de conta que sou forte, mentira,
Luto para permanecer em pé e feliz,
Mas só eu sei contra o que eu luto.
Faço um exame e me diagnóstico,
Sou louca varrida e pior babando,
Quem sabe se agora eu tomo jeito.