ALMA DE POETA
Talvez, eu tenha alma de poeta
E faça dos meus versos um ofício;
A vocação que é quase um sacrifício,
Pois vida de poeta é tão incerta!
Ter alma de poeta é como um vício,
Que tão curto prazer me acarreta...
O vício de escrever, mesmo sem meta
E, às vezes, sem sequer, um benefício,
E, assim, faço da vida uma ilusão,
Como quem entrelaça o coração,
Fazendo do amor sua própria teia...
Tentando amenizar a própria dor,
Jogo aos ventos os meus versos de amor,
Na incerteza de que alguém os leia...