ALMA DE POETA

Talvez, eu tenha alma de poeta

E faça dos meus versos um ofício;

A vocação que é quase um sacrifício,

Pois vida de poeta é tão incerta!

Ter alma de poeta é como um vício,

Que tão curto prazer me acarreta...

O vício de escrever, mesmo sem meta

E, às vezes, sem sequer, um benefício,

E, assim, faço da vida uma ilusão,

Como quem entrelaça o coração,

Fazendo do amor sua própria teia...

Tentando amenizar a própria dor,

Jogo aos ventos os meus versos de amor,

Na incerteza de que alguém os leia...

Jorge de Oliveira
Enviado por Jorge de Oliveira em 16/06/2015
Reeditado em 07/12/2015
Código do texto: T5279377
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