SABEDORIA MATUTA
Lembrança das minhas conversas com o Velho Benedito, sentados em frente a destilação do Engenho Jaguarema, do Vovô Maribondo, em Sapé - Paraíba, onde passei os melhores momentos de minha infância
Poeta Cypriano Maribondo – cmgtpoeta@yahoo.com.br – em 16/06/2015
No Engenho do Vovô, ainda criança.
Conheci Seu Benedito (o velho Bento).
Analfabeto, de grande conhecimento.
Hoje eu ainda guardo na lembrança.
De ouvir as suas histórias eu gostava.
Todo final da tarde, lá na destilação.
Ele falava e eu ouvia com admiração.
Atento as suas histórias eu sonhava.
Um dia, soube que seu filho morreu.
Fui a destilação o encontrei sentado.
Eu quis saber se a notícia era verdade.
Com a sabedoria de matuto, respondeu.
Meu fio tá vivo moço, era muito amado.
Matuto só morre se nun deixá sardade.
Observação do Autor:
Os dois últimos versos foram escritos com grafia errada
Propositadamente, para reproduzir a maneira simples
De falar do Benedito, personagem central deste Soneto.