AS HORAS.

As horas pesadas que velam meu eu...

Não sabem de nada que me aconteceu.

Só sabem passar categóricas e insanas.

Sem ter dó, nem de santos, nem de santas.

As horas, que oriundas de Humanos

Capitalistas num mundo de relógios.

Não oferecem trégua, nem a estoicos

E pesam sobre os ombros de tantos...

Que as obedecem como a tiranos.

Todo dia, toda hora, cada minuto.

Que passa delimitando tudo...

Nesse universo cheio de tempo.

Que cronometra sem desvelo...

O teu rumo e o teu luto.

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 16/06/2015
Código do texto: T5279011
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