DAMA DA NOITE
Ó dama bela, de noite ornada,
Com vestes safira escura.
Dama de existência amada
E mística profundeza pura.
Tuas brilhosas gemas são rendas
Que lhe enfeitam o negro manto.
Entre tu e o dia não há contendas,
Chega um, e o outro encolhe-se a seu canto.
Os esplendores esvoaçantes,
Gases brilhosos que de ti emanam
Resplandecem tanto como dantes.
A luz lumia no esquecimento
Profundo e negro destas vestes,
Em escuridão do espaço a dentro.