A HORA DAS ALMAS
NA HORA DAS ALMAS
Final de tarde e o dia em despedida
Soprando um vento leve nas palmeiras;
Resquícios de uma nuvem fenecida
Nas bordas do horizonte, derradeira...
Um anum-branco revoa na campina;
O Sol vai se apagando tenuemente;
Estrelas despontando muito finas
Acendem-se no Céu tão docemente...
Os morros viram sombras taciturnas...
As horas ganham vozes mais soturnas...
O tempo entrega tudo à própria sorte....
Eu sei que nestas horas já noturnas,
As almas se desprendem de suas urnas
E voam pelo mundo, além da morte!...
Arão Filho
Chácara Chapéu de Palha
São José de Ribamar-MA, 15 de Junho de 2015.