VERSINHOS BANAIS


Se lembres de mim... - Não em agora -
Mas, com o tempo se fazendo ido.
- Quando tudo parecer esquecido -
Ou morrido for pra nós o outrora.

Se à alma triste... - Como quem chora -
Aflorar um sentir comovido,
Ou ao peito pulsar dolorido
Um querer, de querer, sem demora,

Pode ser, ou será, tão somente
A saudade... Tardia... Gemente...
Por um algo de nós que ficou.

Mas, se ao peito seguir remoendo,
- Reclamando... Ferindo... Doendo -
Quem garante, não seja o amor!?

                         Puetalóide



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SONETO DO ARREPENDIMENTO


Como não lembrar de ti?
com as tantas lembranças de outrora...
Como não chorar agora?
pelo quanto sinto e já senti (mesmo sem ti)

Foram dias escuros onde buscava tua luz
Mas mesmo sentindo tanto tua falta, aprendi
que a vida segue mesmo sem a tua presença... e consegui
viver esses dias carregando esta cruz

Passei tanto tempo sem teu amor, carente
perseguida pela tua ausência... uma privação latente
sentindo saudades de dias que nem tive

E como não gritar agora tudo o que contive
e como não chorar, sentida, ferida pela dor
por ter a ti e a mim, privado desse amor?

                         Márcia da Costa Larangeira



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APENAS AMOR


Queres que de ti me lembre em outrora...
como se fosse de ontem, todo o nosso amor
E tivesse sido desfeito pelo tempo assolador
que leva até o mais puro sentimento embora...

Fecho os olhos, nos imagino juntos na hora
recordando momentos que na alma ficaram
tatuados, cravados, como se fosse agora.
- Permanecem tristemente, não se apagaram!

Queria sentir no peito, não saudade tardia,
como dizes, mas o aflorar do sentimento
esquecido que volta, como fogo que ardia

no ontem, e que reacende com esplendor
doendo, maltratando, tornando cada momento
pleno do que foi apagado pelo tempo... O amor!

                         Simplesmente Romântica