PASSADO, SEM PASSADO
Como um rio de correnteza inversa;
Foi dessa maneira que eu me senti,
Escrevendo essa poesia tão reversa
Pensando nos prazeres que já vivi.
E nestes velhos ares vou respirando,
Viajando pelo o tempo e pelo espaço,
Vendo a sua face em afáveis traços
Em vias de uma outrora se elevando
E de repente tenho aquela sensação
Que abre meu empoeirado coração
Adentrando, meus gélidos sentidos.
Abriu o meu ser, mas eu fico contido,
Eu sei, o passado não vai ser fundido
Com meu presente... é tudo em vão.