Enchente d’alma
Edir Pina de Barros
Na enchente d’alma as íntimas paisagens
afundam logo em águas turbulentas,
as mesmas águas tempos antes lentas
contidas por barreiras, por barragens;
violentas, rompem cercas, rompem margens,
e seguem, a espumar, tão lamacentas,
as mesmas águas antes rasas, bentas
onde brincavam seixos e folhagens.
Na enchente d’alma os dias são tristonhos
nas águas buliçosas morrem sonhos
e o céu, outrora azul, em breu transmuta.
Porém a enchente sempre acaba, finda,
o céu se tornará mais belo ainda,
e a alma há de ficar bem mais arguta.
Brasília, 14 de Junho de 2.015.
Versos alados, pg. 35
Poesia das Águas, pg. 117
Edir Pina de Barros
Na enchente d’alma as íntimas paisagens
afundam logo em águas turbulentas,
as mesmas águas tempos antes lentas
contidas por barreiras, por barragens;
violentas, rompem cercas, rompem margens,
e seguem, a espumar, tão lamacentas,
as mesmas águas antes rasas, bentas
onde brincavam seixos e folhagens.
Na enchente d’alma os dias são tristonhos
nas águas buliçosas morrem sonhos
e o céu, outrora azul, em breu transmuta.
Porém a enchente sempre acaba, finda,
o céu se tornará mais belo ainda,
e a alma há de ficar bem mais arguta.
Brasília, 14 de Junho de 2.015.
Versos alados, pg. 35
Poesia das Águas, pg. 117