Desvelar
Minha vida é irrelevante a qualquer instante!
Quando percebi que me levava muito a sério,
Dava valor demais a qualquer vago mistério,
Que me fazia seguir igual, sempre delirante.
E não percebia que vivia de iludido Império!
Sonhava acordado com meu olhar desviante;
E não abria, nem mesmo com a morte diante,
Os olhos, e assim viver de um outro critério.
Um dia, sem querer, vi a medida do universo;
Minhas frágeis crenças e expectativas ruíram,
Vi o quanto que o nosso mundo é tão diverso...
Rompi com as correntes que me prenderam;
E tento então ganhar o tempo vivido inverso,
Na busca do conhecimento que me negaram.