SONETO EXISTENCIAL

SONETO EXISTENCIAL

Existo, logo penso e por que penso?

Penso porque existo, existe dúvida?

Sem a consciência não há consenso

Então existo... na justa mente lúcida

Mas o que sou eu e minha trivial vida?

Uma existência legada ao sofrimento?

Ou uma tendência mais que aguerrida?

Talvez o advento, seguido a um evento

Por isso caminho, não penso na morte

Porque a morte não almeja um norte

Segue alheia a tudo... assaz obstinada

Da vida nauseante escolho me libertar

Saindo da condenação, tento despertar

À ideia de que, depois da morte, o nada

Marco Antônio Abreu Florentino

Poema dedicado a todos que enxergam da vida uma dádiva a ser vivida... de Deus? Tanto faz, o importante é nossa consciência existencial. Aos existencialistas que nunca deixaram de existir.