ARREDORES
ARREDORES
Minha cidade é grande, cinza e cheia...
Às vezes, eu me canso d’estar n’ela!
Por isso me debruço na janela
A ver as soledades que a alma anseia.
Se rodo ao seu redor, em cada aldeia
Revisito a paragem mais singela
E amo quanto a distância me revela,
Que sequer cuido se é bonita ou feia.
Apenas chão de estrada e panoramas,
Mais um céu que me azula longe os montes
E o vale a se cobrir de verdes ramas.
Volto co’os olhos fartos de horizontes
Certo de que eles ardem como chamas
À luz do sol extremo em alvas frontes.
Juatuba - 21 02 2015