Condenado a esquecer.
Inocente, todos os dias um crime cometia.
Furtava tudo de bom que via em você,
Escrevia e te eternizava, com poesia.
Buscando sempre um jeito de existir, viver.
De modo ardil, me aproximava com destreza
Sempre esperando a hora do melhor detalhe,
Bastava um sorriso, para que eu me empolgasse.
Interessado na sua facilidade de me fazer escrever.
Hipnotizado diante da tua indefinível beleza,
Um tanto exagerado eu me perdi, fiquei viciado!
E por esse delito fui por você fui condenado.
Coisa julgada,qual? como multa tu me negaste a fala!
Diante da impossibilidade covarde de recorrer...
Restou-me o esquecimento, a obrigação de esquecer.
NUNES, Elisérgio.