Tuas mãos!
Edir Pina de Barros
Ai! Tuas mãos! Dois pássaros aflitos
que voam pelos céus de minha tez
com tanto anseio, tanta insensatez,
arrancam-me suspiros inauditos.
Com delicados gestos, tantos ritos –
retiram-me os grilhões da timidez,
e fazem ninhos na minha nudez
e nela inscrevem versos nunca escritos.
Ah! Tuas mãos! Alegres passarinhos
que causam, dentro em mim, os torvelinhos
das forças da paixão e do desejo.
As mesmas mãos que lavram terra dura
exploram minha tez com tal ternura
que viro beija-flor , feliz adejo.
Brasília, 10 de Junho de 2015.
Versos alados, pg. 73
Edir Pina de Barros
Ai! Tuas mãos! Dois pássaros aflitos
que voam pelos céus de minha tez
com tanto anseio, tanta insensatez,
arrancam-me suspiros inauditos.
Com delicados gestos, tantos ritos –
retiram-me os grilhões da timidez,
e fazem ninhos na minha nudez
e nela inscrevem versos nunca escritos.
Ah! Tuas mãos! Alegres passarinhos
que causam, dentro em mim, os torvelinhos
das forças da paixão e do desejo.
As mesmas mãos que lavram terra dura
exploram minha tez com tal ternura
que viro beija-flor , feliz adejo.
Brasília, 10 de Junho de 2015.
Versos alados, pg. 73