Amor de Rapina
O amor que tenho no peito
é como o verso solto e sem rima
na boca do poeta na esquina,
não pode segurado.
é como um gavião preto
que viu uma cobra de cima
e tal qual a ave de rapina
quer voar desembestado
Se lhe prendo, me bica
se lhe solto, me sobrevoa
e não se sabe se vai ou se fica
Mas seu cantar quando ecoa
de mim então, ele se multiplica
e parte para outra pessoa