CABO DAS TORMENTAS
“2015, no Dia de Portugal”
Quando neste país quase tudo vai mal
Num oceano agitado, triste e tormentoso,
O Dez de Junho como “Dia de Portugal”
Só mesmo por ironia ou por mero gozo?
Sim, são tão poucos os que s´ afazem a tal
Que, ao partilhar insensível festim jocoso
Em ambiente de fanfarra e carnaval,
Esquecem qu´ a Nação tem fardo doloroso…
Não se trata de Festas Populares, por certo,
Que isso envergonharia e bem os nossos Santos,
Mas sim de um ritual, por tradição discreto,
Fazendo acreditar numa saga de encantos.
Fora parte, corruptos, incultos, bajuladores
E até, porque não, alguns falsos moralistas,
Ali só têm lugar, na lista dos primores,
Honestos cidadãos e egrégios estadistas.
Ademais – não interessam as vis reprimendas –
Qu´ os dramas e as procelas sempre dão comendas!
Frassino Machado
In JANELAS DA ALMA